GLOBAL | O mais recente gadget da WorldCoin, o Orb Mini, enfrenta um escrutínio global à medida que a reação legal global continua.

A mais recente invenção da WorldCoin, o Orb Mini, acendeu mais uma onda de ceticismo e sátira em toda a comunidade cripto global, especialmente nas redes sociais. Projetado como uma versão mais compacta do Orb original, o Orb Mini é um scanner de íris portátil destinado a verificar a "humanidade" dos usuários e a emitir-lhes um World ID registrado na blockchain.

Revelado no evento “At Last” em San Francisco no dia 30 de abril de 2025, o Orb Mini foi comercializado com o slogan “Vai onde você vai”, enfatizando sua mobilidade. Mas, em vez de empolgação, o dispositivo gerou principalmente ridículo.

De ser comparado a tecnologia distópica a ser criticado por seu uso pouco claro, a comunidade cripto global – particularmente no Crypto Twitter – não tem se contendo.

“A verdade sobre os humanos é que eles conseguem perceber quando um humano está à sua frente,” brincou Alicia Katz da Euler Finance, capturando um sentimento geral.

“Quando algo está ligeiramente fora do normal, eles podem experimentar o vale inquietante – uma sensação desconfortável semelhante àquela que se sente quando o seu encontro tenta escanear o seu globo ocular.”

Outro utilizador brincou: "É para que possas registar os teus amigos?", comparando o dispositivo a um adereço saído diretamente da ficção científica.

As Lutas da WorldCoin Além do Hype

A reação não é apenas humor online. Vários usuários e vozes da indústria estão levantando preocupações válidas sobre segurança, privacidade e uso ético, com alguns questionando se o dispositivo poderia ser facilmente falsificado por imagens geradas por IA. Um comentário sarcástico até propôs “um sonda retal” como uma opção mais segura — uma piada que sublinha quão invasivo e absurdo o conceito parece para alguns.

O CEO da Swan Bitcoin, Cory Klippsten, classificou o Orb Mini como uma ferramenta de "promoção de distopias assustadoras", sugerindo que todo o projeto reflete mais sobre as inseguranças de seus criadores do que qualquer necessidade real de verificação de confiança.

Na África, onde a Worldcoin anteriormente enfrentou problemas regulatórios, o lançamento de mais um dispositivo biométrico levanta questões ainda mais sérias. O Quénia, por exemplo, baniu temporariamente as operações da Worldcoin em 2023, citando preocupações não resolvidas sobre a proteção de dados e a privacidade dos cidadãos. A Autoridade de Comunicações do Quénia, juntamente com o Gabinete do Comissário de Proteção de Dados (ODPC), levantou bandeiras vermelhas sobre a coleta de dados biométricos sensíveis sem estruturas legais adequadas em vigor.

Em 5 de maio de 2025, o Tribunal Superior do Quénia decidiu que as atividades da Worldcoin no país eram ilegais, citando violações da Lei de Proteção de Dados de 2019.

Bitcoinke.io destacou como a fiscalização regulatória continua a ser um dos maiores obstáculos para a WorldCoin em mercados emergentes, especialmente onde a literacia digital, infraestrutura e a conscientização sobre a privacidade dos dados ainda estão em desenvolvimento.

Além disso, países como o Brasil e a Indonésia também se mostraram contrários, com a Indonésia suspendendo o registro da Worldcoin tão recentemente quanto em maio de 2025. Na Alemanha, agências de proteção de dados também iniciaram investigações sobre a legalidade da coleta de dados biométricos.

Apesar de todo o barulho, uma questão persistente permanece: Que problema do mundo real é que o Worldcoin está realmente a resolver — especialmente nos mercados africanos onde questões como inclusão digital, lacunas de infraestrutura e desigualdade econômica são mais prementes do que a inovação em ID biométrica?

Os críticos argumentam que um sistema de identidade baseado em blockchain ligado a scans de íris não aborda os desafios imediatos que os africanos enfrentam ao acessar serviços financeiros. Além disso, muitos se preocupam que as implicações de longo prazo de entregar dados biométricos sensíveis – particularmente em jurisdições com fraca aplicação dos direitos de dados – não estão a ser consideradas com a seriedade que deveriam.

Embora a visão da Worldcoin de um sistema de identidade global possa atrair a elite cripto e os evangelistas da Big Tech, a sua recepção na África provavelmente permanecerá cautelosa - se não outright resistente - a menos que salvaguardas claras e transparentes sejam implementadas. Por enquanto, o Orb Mini parece mais uma curiosidade tecnológica do que uma solução fundamentada nas realidades digitais do continente.

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